quarta-feira, 27 de junho de 2012

Corey Taylor fala sobre turnê e Antennas to Hell


Slipknot tomará os EUA mais uma vez neste verão.
A maior banda de metal do século 21 é a atração principal do Rockstar Energy Drink Mayhem Festival pela segunda vez. Na verdade foram eles que batizaram a turnê em 2008, mas desta vez promete ser mais especial para os agentes do caos coletivo vindos do Iowa.
Em 30 de junho de 2012, o passeio começa, e é cotado para ser um marco na história. No verão passado, o grupo voltou aos palcos para alguns de seus shows mais ferozes, violentos e incendiários. No entanto, o seu retorno a terra natal promete não só ser duplamente explosivo, mas uma das melhores experiências de concertos de 2012.
Em meio a esta guerra sônica em todo o país, a primeira coletânea do Slipknot, “Antennas to Hell”, chegará às prateleiras em 24 de julho abrangendo as canções favoritas dos fãs e o áudio de sua lendária apresentação como atração principal no Download Festival de 2009. Tudo é emblemático na contínua dominação da banda sobre o heavy metal e aponta para metas ainda maiores no horizonte, incluindo KNOTFEST em agosto, a resposta de Satan ao Coachella...
Corey Taylor, o vocalista do Slipknot, sentou-se com o editor-chefe da ARTISTdirect.com, Rick Florino, para uma entrevista exclusiva falando sobre Mayhem, "Antennas to Hell", “All Hope Is Gone”, memórias antigas e muito mais...
Qual seria o equivalente cinematográfico de um show ao vivo do Slipknot?
Há uma parte de mim que acha que seria uma combinação de “Fama” (Fame, 1980) e “Um drink no Inferno” (From Dusk Till Dawn, 1996). Eu não sei! Isso é interessante [risos]. Ele definitivamente teria algo de “Um drink” nele porque há tanta coisa acontecendo, especialmente no final, onde tudo fica muito louco. Vamos com Fama e Um drink no Inferno mesmo...
Você tem alguma memória favorita de circular com Paul Gray no primeiro Rockstar Energy Drink Festival Mayhem em 2008?
Nós todos nos divertimos nessa primeira turnê. Lembro-me de Paul e eu realmente estarmos muito felizes com a turnê porque foi a primeira que fizemos como atração principal depois de muito tempo. De certa forma, Mayhem estava substituindo o Ozzfest. Foi legal para nós transcender o festival onde nós começamos e liderar uma nova marca. Lembro-me de Paul e eu termos alguns bons momentos nos bastidores também. Ficamos entusiasmados com o set list que tocaríamos, e a música nova. Foi muito legal.
Não foi a primeira vez que o público ouviu a música “All Hope Is Gon” e ao vivo?
Sim, foi. De fato, durante o primeiro show que tocamos em Seattle, onde Sid Wilson quebrou seus pés, nós realmente tocamos "All Hope Is Gone". Foi a única vez que a tocamos ao vivo. Foi legal. O primeiro show é sempre aquele em que você está tentando encontrar o ritmo do que você vai fazer ao vivo. Por alguma razão, "All Hope Is Gone" não se encaixou bem ao set naquele momento. Nós a tiramos, mas nunca se sabe...
É especial para esta turnê o Slipknot estar de volta aos EUA depois de três anos?
A última vez que tocamos nos EUA foi no Dia das Bruxas de 2009. Nós sempre tivemos bons momentos viajando pelo circuito de festivais na América do Norte. É uma grande oportunidade de chegar à frente de um bando de pessoas loucas e apenas quebrar tudo. Fomos os primeiros headliners do Mayhem. Sermos capazes de sermos a atração principal desta vez com bandas como Slayer, Anthrax, e Motörhead, bem como as bandas mais jovens como As I Lay Dying, é muito bom. É ótimo ter a chance de nos reafirmarmos assim.
Você se lembra de sua primeira experiência tocando em um festival de verão?
O primeiro Ozzfest que tocamos em 1999 foi em West Palm Beach, Flórida. Era 29 de maio. Lembro-me que foi o show mais quente que eu já tinha feito até então. Quando começamos, tínhamos cerca de 200 pessoas. No momento em que terminamos nosso set, toda a área estava cheia. As pessoas saiam aos montes das colinas em direção ao palco. Foi muito doce [Risos]. Nos apresentamos super cedo, por volta do meio-dia. Foi uma época legal. Lembro-me deste, especificamente, porque nós levamos três dias para chegar até lá. Nós nunca estivemos em um ônibus de turnê antes. Tivemos que entender muitas coisas. Todos nós tínhamos muita bagagem. Era ridículo. Estávamos todos em um único ônibus. Todas as nossas máscaras e macacões estavam lá, e fedia tanto. Lembro-me que por muito tempo vivemos com um saco gigante de biscoitos Goldfish e atum. Isso era tudo o que tínhamos para um mês e meio. Ele nos manteve vivos o tempo suficiente para chegar aos próximos shows. Havia alguns dias magros com dois de nós e apenas uma salsicha empanada, o que significa má sorte, de verdade [risos].
“Antennas to Hell “é como um álbum de fotos do Slipknot?
Sim, eu definitivamente acho que é como um instantâneo. Esta é a nossa saudação aos anos com Paul. É como eu vou me referir a ele. Fizemos muitas grandes canções com Paul. Até mesmo as músicas que Paul não escreveu, ele as tornou melhor, naturalmente. Esta é a nossa maneira de dar uma prova do que foi Paulo e seu legado bem como as grandes canções que surgiram ao longo desses anos. Vai ser estranho e interessante ver o que acontece no futuro, mas, se nada mais acontecer, nós gravamos quatro grandes álbuns com Paul. Esta é a nossa pequena saudação a ele.
Você sente como se fosse uma porta de entrada adequada para os fãs mais jovens?
Definitivamente! Não é como se nós déssemos a eles apenas os nossos "hits de rádio", o que não posso dizer sem rir. Para ser honesto, é tão estranho que tenhamos músicas no rádio. É uma grande mistura das músicas que foram tocadas no rádio e das músicas que tocamos ao vivo e que as pessoas tornaram hits. Sem os fãs, não teríamos nada disso. Nós certamente não teríamos nenhum "hit". É uma combinação dos hinos ao vivo que as pessoas esperam de nós quando eles vêm ao show e as músicas de rádio.
Qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça quando você pensa em “All Hope Is Gone”?
Foi realmente uma perfeita tempestade de música que surgiu. Paul e Joey [Jordison] tinham reunido algum material realmente bom. Jim [Root] e Joey tinham feito algumas coisas juntos. Eu contribuí com uma canção. E tiveram músicas que surgiram de nós tocando juntos no estúdio e que tornaram esse álbum o que ele é. Foi legal ir para o estúdio todos os dias e ouvir o potencial que surgia. Todo esse incrível potencial estava sendo atingido, e foi legal ouvir aquilo. Para mim, foi um passo para a maturidade da banda. Começamos a fazer isso com “Vol. 3: The Subliminal Verses”, mas com “All Hope Is Gone” descobrimos que poderíamos misturar toda essa ferocidade com uma abordagem diferente para a música. Poderíamos manter o peso, mas diversificar. Se você quiser destacar os anos de Paul, este, de certo modo, é um grande álbum para mostrar às pessoas.
-Rick Florino

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